Foi há 45 anos que o Papa Paulo VI implementou o Novus Ordo Missae :Nenhuma razão para festejar. Em 3 de abril de 1969, o Papa Paulo VI († 1978) implementou o Novus Ordo Missae com a Constituição Apostólica ‘Missale Romanum’. Algumas vezes, ela é chamada erroneamente de “Missa do Concílio”. Assim, teve início uma decadência litúrgica como a cristandade nunca vira antes desde a fundação da Igreja por Jesus Cristo. A Constituição ‘Missale Romanum’ fixou o primeiro domingo do Advento do ano 1969 como a data para a implementação da Missa Nova. Na verdade, o Novo Missal foi publicado pela primeira vez em 1970. Traduções completas para o vernáculo surgiriam muito mais tarde. Nas comunidades os folhetos e folhas soltas substituíram o Missal.
Mons. Guido Pozzo :A ideologia pára-conciliar e suas consequências na Igreja
O que está na origem da interpretação da continuidade ou ruptura com a Tradição? Está o que podemos chamar a ideologia conciliar ou, mais exatamente, pára-conciliar, que se apoderou do Concílio desde o princípio, sobrepondo-se sobre ele. Com esta expressão não se entende algo que diz respeito aos textos do Concílio, nem muito menos à interpretação dos sujeitos, mas sim o marco de interpretação global em que o Concílio foi colocado e que actuou como uma espécie de condicionamento interior na leitura sucessiva dos feitos e dos documentos. O Concílio não é, de fato, a ideologia pára-conciliar, mas na história dos acontecimentos da Igreja e dos meios de comunicação de massa logrou-se em grande medida a mistificação do Concílio, quer dizer, a ideologia pára-conciliar.
Monsenhor Guido Pozzo, secretário da
Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, proferiu recentemente uma conferencia à
Fraternidade de São Pedro sobre os “aspectos da eclesiologia católica no
acolhimento do Concílio Vaticano II”. Apresentamos a parte conclusiva da
referida conferência, particularmente interessante, uma vez que Mons. Pozzo se
refere a um assunto de grande atualidade na vida da Igreja: o da interpretação
do Concílio Vaticano II em continuidade com a Tradição doutrinal católica (um
tema que está incluído entre aqueles que a Fraternidade São Pio X tratará com a
Santa Sé nas atuais conversações doutrinais). Com grande clareza e lucidez,
Mons. Pozzo denuncia a existência e as conseqüências do que chama “ideologia
pára-conciliar”.
* * *
BUX, Nicola. La riforma di Benedetto XVI
La liturgia tra inno- vazione e tradizione. No capítulo VI – Come incontrare il mistero – Bux inicia com uma persuasiva afirmação: perdeu-se o senso da liturgia, porque foi perdido o senso da presença de Deus entre nós. O autor deseja trazer elementos específicos para uma vivência litúrgica que respeite seus elementos mais profundos. Despende algumas páginas sobre o “serviço sacerdotal” onde afirma que “la santa messa è come un’opera musicale scritta da un autore: va eseguita con fedeltà e non interpretata”. Em outra seção, fala da participação dos fiéis. Segundo o autor, o culto ca- tólico passou da adoração de Deus ao exibicionismo do padre, dos ministros e dos fiéis, com a piedade sendo abolida e liquidada pelos liturgistas como devocionismo, negando formas espontâneas de devoção de piedade.
no século XX. O desenvolvimento do movimento litúrgico na Bélgica,
França e inclusive no Brasil, acendeu animosidades entre aqueles
que visavam uma liturgia mais viva e aqueles que defendiam a
permanência daquela estabelecida por Pio V, na esteira do Concílio de
Trento. Podemos dizer que o Concílio Vaticano II foi um dos momentos
mais importantes do século XX sobre a questão litúrgica, já que, com
a sua Constituição Sacrosanctum Concilium, lançava novo olhar sobre
ela. As lutas interpretativas em torno desse documento, e não só dele,
mas de todos os textos conciliares, levaram ao que alguns denominam de
“abusos” na prática litúrgica, apontando assim para um olhar negativo
em relação a todo o Concílio, o que levou aos sérios afastamentos,
até ao cisma de Marcel Lefebvre e seus seguidores em 1988. Para o
arcebispo, a missa tridentina era a “missa de sempre” e assim deveria
continuar. A fim de aproximar-se desses grupos no seio da catolicidade,
J. Ratzinger, que acompanhou a criação da Comissão Ecclesia Dei,
especialmente constituída para dialogar com os grupos tradiciona-
listas, publicou, em 2007, o motu proprio de Bento XVI Summorum
Pontificum, possibilitando, desde então, que a missa tridentina pudesse
ser realizada sem a prévia permissão do bispo, como era anterior-
mente acordado.Continua a ler...
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Da obrigatoriedade do uso do traje eclesiástico: “A natureza sacrifical da Missa, que o Concílio de Trento solenemente afirmou, em concordância com universal tradição da Igreja, foi de novo proclamada pelo Concílio Vaticano II, que proferiu sobre a Missa estas significativas palavras: ‘O nosso Salvador na última Ceia instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue para perpetuar o sacrifício da Cruz através dos séculos até a sua volta, e para confiar à Igreja, sua esposa muito amada, o memorial de sua morte e ressurreição.”[8] Na Missa, como na Cruz, Cristo é a Vítima: eis porque o pão consagrado não é mais pão, mudando-se a substância – transubstanciação – em Corpo de Jesus, e o vinho em Sangue do Redentor. Igualmente, havendo perfeita identidade entre a Cruz e a Missa, sua renovação – como a Última Ceia foi daquela a antecipação -, o Sacerdote deve ser o mesmo: Jesus Cristo. Por isso, Cristo é o único e eterno Sacerdote. O padre católico não é Seu substituto, mas representante. Pela Ordem, os que a receberam no grau de presbítero – pois os diáconos são ordenados para o serviço, não para o sacerdócio hierárquico – são de tal modo incorporados a Nosso Senhor que participam de uma maneira mais especial de Seu sacerdócio. Os padres e Bispos são chamados sacerdotes justamente por sua configuração a Cristo, porque “somente Cristo é o verdadeiro sacerdote”, diz o Doutor Angélico, e “os outros são seus ministros.”
"A Sacrosanctum Concilium e a reforma do Ordo Missæ" - por Alcuin Reid
Passados alguns dias, finalmente consegui
terminar mais uma tradução. Trata-se de um interessante ensaio de história
litúrgica pelo conhecido Dr. Alcuin Reid, onde explora o trajeto da
reforma, da Sacrosanctum Concilium até a edição típica reformada do
Missal Romano, com o papa Paulo VI, passando pelos passos percorridos com a
Inter Œcumenici em 1964, o Ordo de 1965, as mudanças de 1967 e,
enfim, o Ordo de 1969. Ajuda-nos a olhar a Reforma com olhos mais maduros
e críticos, na tentativa de entender a distância real entre a intenção do
Concílio e o que foi posto em prática.
Se você nunca leu nada sobre como se desenvolveu a Reforma pós-conciliar, eis um ótimo começo.
Para ler e fazer o download, clique aqui (link para o texto no Gloria.TV).
Original em inglês: http://www.liturgysociety.org/JOURNAL/Volume10/10_3/Reid.pdf
Interessante: encontrei o texto original (em latim) do Esquema 218 do Cœtus X (Grupo de Estudos 10) do Consilium, sobre o Ordinário da Missa, datando de 19/03/1967, ou seja, uns dois meses antes da Instrução Tres abhinc annos. Vale a pena conferir.
Se você nunca leu nada sobre como se desenvolveu a Reforma pós-conciliar, eis um ótimo começo.
Para ler e fazer o download, clique aqui (link para o texto no Gloria.TV).
Original em inglês: http://www.liturgysociety.org/JOURNAL/Volume10/10_3/Reid.pdf
Interessante: encontrei o texto original (em latim) do Esquema 218 do Cœtus X (Grupo de Estudos 10) do Consilium, sobre o Ordinário da Missa, datando de 19/03/1967, ou seja, uns dois meses antes da Instrução Tres abhinc annos. Vale a pena conferir.